EXPOSIÇÃO DE MINERAIS E ROCHAS

Essa atividade realizei ainda quando era estudante de graduação no curso de Geografia. Foi um trabalho na Componente Curricular Geologia, ministrada pelo professor Max Furrier.

A atividade consiste em solicitar a turma que realize a coleta de diferentes rochas e minerais para serem apresentados durante a aula. A ideia é debater com a turma os tipos de rochas e minerais existentes no planeta a partir de suas amostras.

É uma atividade que permite ao estudante conhecer rochas e minerais que podem ser encontrados nas localidades onde habitam. Ao mesmo tempo incita a curiosidade sobre a formação desses elementos geológicos e as diversas utilizações que estes possuem na sociedade.

Realizei a atividade com uma turma do Ensino Médio. Ela pode ser feita de maneira individual, em dupla, em trio ou em grupo.

FOLHETO INFORMATIVO SOBRE A QUESTÃO AGRÁRIA

Como forma de compartilhar os conteúdos relativos à Geografia Agrária pensei em pedir para as turmas elaborarem cartazes com diversos temas e exporem na escola. Esses cartazes ficam à mostra para toda a comunidade escolar. O objetivo é apresentar características do espaço rural brasileiro para as pessoas que não estão cursando a componente curricular.

Para a atividade dividi a turma em sete grupos através dos seguintes temas: 1 - Produção agropecuária; 2 - Agrotóxicos; 3 - Pessoal ocupado no campo; 4 - Agricultura familiar; 5 - Violência no campo; 6 - Estrutura Fundiária; 7 - População rural.

Desse modo, cada grupo elaborou um cartaz sobre um dos sete temas e expôs em diferentes partes da escola. Dei orientações gerais para os grupos, ressaltando a importância dos folhetos serem chamativos para o público alvo. Porém, a elaboração do cartaz ficou a cargo dos próprios estudantes. Quis garantir com isso que o processo criativo fosse realizado pelas próprias turmas. 

Alguns grupos optaram por pegar uma cartolina e colar recortes de imagens impressas em folhas A4 e escrever algumas informações. Outros optaram por desenhar nos cartazes e colar recortes de EVA. Outros optaram por imprimir os folhetos elaborados digitalmente em folha A3. Enfim... O interessante foi notar a diversidade no processo criativo entre os grupos.

Ao final da atividade os cartazes ficaram expostos na escola e puderam servir como fonte de informações e para despertar a curiosidade sobre assuntos que muitas vezes está no cotidiano da comunidade escolar.

CONSTRUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO EM CLIMATOLOGIA

Durante a disciplina de Climatologia que ministrei com uma turma de Licenciatura em Geografia do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) optei por uma abordagem totalmente voltada para o ensino dos conteúdos relativos ao clima na Educação Básica. Tanto as aulas quanto as atividades estavam voltadas para como realizar práticas de ensino em Climatologia com estudantes dos níveis fundamental e médio. Nesse sentido, realizei duas atividades que gostaria de apresentar aqui.

A primeira se refere à construção de um Perfil Atmosférico para representar a atmosfera terrestre em uma cartolina. Pedi para que a turma se dividisse em grupos e elaborasse um perfil da nossa atmosfera inserindo suas principais características de estrutura e composição. Desse modo, as turmas deveriam elaborar esse perfil fazendo desenhos, colando algodão, areia ou sementes, colorindo a cartolina ou outra forma que julgassem adequada para a atividade.

Com isso, foram elaborados vários perfis com diversas características entre si: apenas usando coleção hidrocor e lápis de cor; usando materiais naturais (sementes, areia, matinhos, algodão); em formato 3D; inserindo recortes de desenhos (foguetes, satélites, cometas); enfim, várias formas de compreender o conteúdo trabalhado.

Gostei tanto do resultado que também resolvi aplicar com a turma do ensino médio. Também houveram bons resultados, mas de uma forma mais simples do que na turma do PRONERA (até por se tratar de níveis de formação diferentes).

A segunda atividade corresponde à elaboração de um material didático para ser aplicado no ensino fundamental ou médio. Pedi para que a turma se reunisse em grupos e elaborasse o material a partir de qualquer tema trabalhado na componente de Climatologia. E ainda sugeri que elaborassem esses materiais pensando na possibilidade de existirem alunos ou alunas com necessidades específicas na turma.

Nesse sentido, os grupos realizaram um interessantíssimo trabalho para confeccionar os materiais. Os temas escolhidos também variaram. E todos os grupos tentaram adequar seus respectivos materiais para a possibilidade de pessoas com necessidades específicas estarem frequentando as aulas.

Da mesma forma que o Perfil Atmosférico os materiais didáticos foram feitos com diversos tipos de coisas: areia, algodão, isopor, água, cartolina, papelão, lâmpada e assim por diante. Como os temas variaram entre os grupos as matérias-primas usadas para a confecção também foram muito diversas.

Assim, pedi para que cada grupo apresentasse os seus materiais e contextualizasse como poderia utilizar durante as aulas sobre os conteúdos de Clima. O que me chamou mais atenção foi a criatividade que cada grupo teve para elaborar o seu material e a preocupação em tornar esse material algo inteligível para a turma da Educação Básica.

Portanto, as referidas atividades foram muito importantes para a formação não apenas da turma do PRONERA, mas também para minha formação. Percebi que é fundamental realizar um processo de ensino-aprendizagem voltado para cada nível educacional específico, com linguagem e nível de aprofundamento teórico próprios. E também acredito que foi uma experiência interessante para a turma lidar com uma situação provável que possa acontecer durante a prática pedagógica na sala de aula.